Seleção de Bolsista de Extensão (Graduação)

05/02/2024 14:07

Seleção de bolsista de extensão – 2024

O professor Carlos R. Zárate-Bladés, no uso de suas atribuições, conforme disposto no EDITAL Nº 07/2024/PROEX (PROBOLSAS 2024) torna pública a abertura das inscrições para selecionar alunos de graduação que irão desenvolver atividades de extensão no âmbito do Projeto: “Centro de Controle da Disbiose (CCDis): Promovendo o conhecimento sobre microbiota e saúde humana na comunidade”.

Acesse o Edital Nº 07/2024/PROEX (PROBOLSAS 2024) na página “Seleção de bolsistas

Novo ensaio clínico estuda como a microbiota pode ajudar a combater o alcoolismo

06/03/2023 15:24

 

India.com Lifestyle Staff

Grupo de pesquisa está investigando o uso do transplante fecal de microbiota para tratar o abuso de álcool em pacientes com doença terminal do fígado. 

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Pesquisadores da Virginia Commonwealth University’s School of Medicine estão conduzindo um ensaio clínico em humanos com objetivo de observar e entender a relação entre o transplante de microbiota intestinal saudável e o alcoolismo. 

O estudo é chamado Intestinal Microbiota Transplant in Alcohol-Associated Liver Disease ou, como é mais conhecido, IMPACT e está sob supervisão do pesquisador e médico hepatologista Jasmohan Bajaj que há pesquisa a relação entre o eixo cérebro-fígado-intestino, microbiota e doenças relacionados com a adição/vício.

Resultados Promissores

Segundo o pesquisador: “Há uma forte conexão neuronal entre o cérebro e o intestino. Dessa forma, se você alterar o microambiente intestinal de maneira significante, existe o potencial de impactar não apenas o cérebro, mas também a forma como nos comportamos”. De fato, um corpo crescente de estudos de grupos do mundo todo já aponta uma possível relação entre o transplante de microbiota intestinal e a observação na alteração de determinados padrões de comportamento em indivíduos receptores do transplante de microbiota. Assim, o ensaio clínico IMPACT objetiva observar o impacto de um transplante fecal de microbiota em pacientes etilistas crônicos com doença hepática terminal no consumo de álcool dos voluntários receptores.

As expectativas altas para esse ensaio são baseadas nos resultados promissores de outro ensaio clínico menor já concluído com dois grupos, um grupo intervenção e um grupo controle. O grupo intervenção contou com 10 voluntários que sofriam de cirrose e abuso de álcool, foram então submetidos a transplantes de microbiota com fezes de doadores saudáveis. Como resultado, foi observada uma diminuição no desejo e no consumo de álcool, melhora na qualidade de vida e cognição em 9 indivíduos pertencentes ao grupo intervenção em contrapartida ao grupo controle, no qual apenas 3 indivíduos apresentaram resultados semelhantes. Além disso, a mesma metodologia do ensaio clínico foi replicada em camundongos e resultados semelhantes foram encontrados.

Expanção do estudo

­O novo ensaio clínico busca expandir em cima dos dados já observados e expandir o corpo de conhecimento do tema. O estudo ainda está em fase de recrutamento de participantes, mas já conta com altas expectativas e pode se mostrar como uma nova possibilidade de tratamento para a população que sofre com o abuso de álcool, especialmente por se tratar de uma grupo constantemente ignorado pela sociedade, pois sua doença é constantemente vista como uma fraqueza ou falha moral individual e não como a patologia que de fato é.

Por: Lucas Soveral, doutorando na UFSC e Leo Gomes, aluno da Medicina (USFC)

Estudo revela como excesso de açúcar desequilibra a microbiota intestinal e prejudica proteção imunológica contra doenças metabólicas

06/03/2023 14:55

Kawano Y, et al. 2022

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Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em colaboração com cientistas brasileiros, investigaram os efeitos de uma dieta rica em açúcar na microbiota intestinal e no sistema imunológico de ratos.


No artigo intitulado “Microbiota imbalance induced by dietary sugar disrupts immune-mediated protection from metabolic syndrome”, que foi publicado na revista Cell em agosto de 2022, a equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, junto com os cientistas brasileiros Dr. Daniel Mucida, chefe do laboratório de imunologia de mucosas na Universidade Rockefeller em Nova York, e Dr. Leandro Pires Araújo, pós-doc na Universidade de Columbia, descobriram que uma dieta rica em açúcar causa desequilíbrio na microbiota intestinal de camundongos, levando a uma redução na diferenciação de células imunológicas que auxiliam na regulação da absorção de lipídios pelo epitélio intestinal.
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Dieta, microbiota e imunidade
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O nosso sistema digestivo é o lar de um ecossistema diverso de microrganismos que exercem funções nada óbvias, desde a digestão de nutrientes que não conseguimos digerir por conta própria, até evitar que bactérias patogênicas se estabeleçam no intestino e causem doenças. Outro ponto importante é a regulação imunológica que essa microbiota proporciona, por exemplo, as bactérias benéficas da microbiota intestinal ajudam a produzir ácidos graxos de cadeia curta, que podem reduzir a inflamação e fortalecer a barreira intestinal. Por outro lado, uma disbiose intestinal pode levar a uma resposta inflamatória crônica e contribuir para o desenvolvimento de doenças autoimunes.
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Essa microbiota pode ser afetada por diferentes fatores, e um dos mais relevantes é o tipo de dieta que o indivíduo consome. Em regra geral, uma dieta rica em fibras e alimentos fermentados pode ajudar a promover o crescimento de bactérias benéficas na microbiota intestinal. Em contra partida, uma dieta pobre em fibras e rica em açúcar e gordura pode promover o crescimento de bactérias patogênicas e contribuir para a disbiose intestinal. O problema é que isso nem sempre acontece, e os mecanismos que ocorrem por trás dessas alterações ainda não são bem compreendidos pela comunidade científica.
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Avanços do estudo 
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O estudo aponta que níveis elevados de açúcar na dieta de camundongos perturbam o balanço da microbiota intestinal, fazendo com que os linfócitos Th17, que são células imunológicas essenciais para a manutenção da saúde intestinal, sejam substituídas por linfócitos Th1 e células linfoides inatas tipo 3 (ILC 3). Essa alteração no perfil de células imunológicas acaba gerando um ambiente pró-inflamatório no intestino e aumentando a absorção de lipídios pelo epitélio intestinal, o que resulta no desenvolvimento da síndrome metabólica nos camundongos.
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A síndrome metabólica é um conjunto de condições que aumentam o risco de doenças cardíacas, derrame e diabetes, e é caracterizada por pressão alta, açúcar elevado no sangue, excesso de gordura corporal ao redor da cintura e níveis anormais de colesterol. O estudo sugere que a perturbação da microbiota devido ao açúcar na dieta resulta na perda da proteção mediada pelo sistema imunológico contra a síndrome metabólica, o que pode ser um contribuinte significativo para a crescente prevalência de distúrbios metabólicos.
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Um alerta sobre a alimentação saudável
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Segundo os próprios autores: “Os resultados destacam a importância da dieta na manutenção de uma microbiota intestinal saudável e um sistema imunológico saudável. O consumo excessivo de açúcar pode levar a uma mudança prejudicial na flora intestinal, o que pode ter sérias implicações para a saúde metabólica.” 
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Os resultados desses estudos enfatizam a importância de uma dieta equilibrada e variada, rica em fibras, frutas e vegetais, para a manutenção de uma microbiota intestinal saudável e para a prevenção de doenças metabólicas. A redução do consumo de açúcar é uma medida importante que pode ajudar a melhorar a saúde intestinal e imunológica, além de reduzir o risco de doenças metabólicas.

À medida que a prevalência de distúrbios metabólicos e doenças inflamatórias intestinais continuam a aumentar, é crucial que os indivíduos prestem atenção em suas escolhas alimentares e de estilo de vida para prevenir e gerenciar essas condições.

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Por: Lucas Soveral, doutorando na UFSC e Leo Gomes, aluno da Medicina (USFC)

CCDis é selecionado em etapa do SINOVA UFSC Startup Mentoring em Florianópolis (2020)

04/06/2022 10:51

A Secretaria de Inovação da UFSC, realizou, nos dias 28 e 29/09, a etapa de mentoria no campus Florianópolis do projeto SINOVA UFSC Startup Mentoring, do programa “iSHIS –Startups Humanas Inteligentes Inovadoras e Sustentáveis”.

Em razão do atual cenário, as mentorias foram realizadas de forma virtual com a temática “o novo contexto de inovação pós-pandemia”. O evento visa selecionar negócios inovadores para comporem o mapeamento de startups do ecossistema de inovação e empreendedorismo da UFSC, promovendo a conexão direta das ideias com o mercado.

Oito ideias/startups apresentaram seu pitch para a banca de avaliação e mentoria composta por Noberto Dias (representante da FIESC), Silvia Carvalho (representante do SEBRAE/SC); Luiza Guerreiro (representante da ACATE) e Alfredo Kleper Lavor (SINOVA/UFSC).

Os mentores atestaram o alto grau de relevância, viabilidade e potencial de mercado de todas as ideias apresentadas. Conheça as ideias/startups apresentas no Campus de Florianópolis, de acordo com a sua classificação:

1º lugar: Receptor híbrido de energia solar e biomassa (conceitos AAAA)

1º lugar: Biossíntese Pesquisa e Desenvolvimento Ltda (conceitos AAAA)

3º lugar: Bioprospect (conceitos AAAA)

3º lugar: Sci Linkii (conceitos AAAA)

3º lugar: Centro de Controle da Disbiose (conceitos AAAA)

6º lugar: Pigmentos Naturais de Microrganismos da Antártica (conceitos BBBB)

6º lugar: E-residuo (conceitos BBBB)

6º lugar: PolarSapiens (conceitos BBBB)

6º lugar: Exoesqueletos aplicados à tecnologia assistiva (conceitos BBBB)

6º lugar: Cooperativa Solar (conceitos BBBB)

6º lugar: Think&Make (conceitos BBBB)

6º lugar: Produção de farinha de mariscos (conceitos BBBB)

6º lugar: Roboyard – Automação de pátios logísticos (conceitos BBBB)

14º lugar: Rachel: Revolucionando o ambiente com inteligência (conceitos BBCC)

15º lugar: Kalt Labs (conceitos CCCC)

Os critério avaliados para cada projeto foram:
I. Área de aplicação da ideia ou startup;
II. Descrição da ideia ou negócio da startup;
III. Potencial de mercado;
IV. Impacto social da ideia ou negócio da startup;
V. Geração de emprego e renda;
VI. Competência da equipe quanto à tecnologia, mercado e gestão.